terça-feira, 21 de agosto de 2012

Extra Sísmico


Ando a não andar, a cismar meus dias em sístoles.
Sismos que fragmentam todo o ser que sou, dos órgãos à pele, da pele aos ossos.
A flertar abismos, a querer abismar-se. 
De tão perto a duvidar não ser eu o próprio precipício.
Precipitada em ser além de mim, outra que acomode melhor a alma que trago comigo.
A cair, e ir, a desfalecer, e ser...
A morrer tantas vezes pra alargar a vida
Pra alagar a aridez de uma alma que se rememora líquida.

Márcia Batista


2 comentários:

Vanessa Garcia disse...

Talvez os sismos venham da insistência em acomodar a alma no corpo que habitamos. Deixá-la flertar nas incertezas seria afastar-se da aridez...

Como venta aqui no alto... vou me refugiar nos meus sonhos (que bom!)!!!

Beijos Marcinha!!!

Márcia disse...

Querida, que bom receber tua visita. Tantos sismos e cismas a habitar na gente... É preciso ser um pouco abismo pra acomodar almas inquietas. Um beijo e bons ventos na tua altitude.