Ando a não andar, a cismar meus dias em sístoles.
Sismos que fragmentam todo o ser que sou, dos órgãos à pele, da pele aos ossos.
A flertar abismos, a querer abismar-se.
De tão perto a duvidar não ser eu o próprio precipício.
Precipitada em ser além de mim, outra que acomode melhor a alma que trago comigo.
A cair, e ir, a desfalecer, e ser...
A morrer tantas vezes pra alargar a vida
Pra alagar a aridez de uma alma que se rememora líquida.
Márcia Batista
2 comentários:
Talvez os sismos venham da insistência em acomodar a alma no corpo que habitamos. Deixá-la flertar nas incertezas seria afastar-se da aridez...
Como venta aqui no alto... vou me refugiar nos meus sonhos (que bom!)!!!
Beijos Marcinha!!!
Querida, que bom receber tua visita. Tantos sismos e cismas a habitar na gente... É preciso ser um pouco abismo pra acomodar almas inquietas. Um beijo e bons ventos na tua altitude.
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